Masculinidades: limites, alcances e rotas coloniais

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Resumo

O objetivo deste artigo é provocar uma desnaturalização/desconstrução do próprio conceito de masculinidade, evidenciando seu caráter colonial, hegemônico e ideológico. Refletimos, pois, sobre a pergunta retórica: o que é masculinidade? A partir disso, iniciamos o trabalho de nomear as tecnologias de gênero coloniais que permeiam o campo das masculinidades, na medida em que expomos um projeto de aniquilamento das Pluriperspectivas masculinas. Com isso, buscamos enfatizar a importância de os estudos das masculinidades estar caminhando junto às Pluriperspectivas de existência, abrindo caminho para o florescimento das plurimasculinidades como alternativa no rompimento com a perspectiva ideológica hegemônica e colonial inserida no campo das masculinidades. Buscamos evidenciar, pois, as violências institucionalizadas pela colonização através da monocultura da masculinidade, caracterizando seu funcionamento enquanto tecnologia de gênero colonial. Ao evidenciarmos que a sociedade brasileira funciona por uma perspectiva masculinista, estamos explicitando também que as relações ideológicas de poder que acontecem nessa sociedade são baseadas no gênero colonial.

Palavras-chave:

masculinidades, colonialidade, imaginário masculinista, pluriperspectivas

Biografia do Autor

Fernando Ziderich do Amaral, Universidade Federal Fluminense

Doutor em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva pela Universidade Federal Fluminense (UFF)